The Handmaid's Tale: Uma distopia não tão distópica assim
Eu já devo ter falado por aqui que eu não sou muito aplicada nas séries. Principalmente aquelas em que eu já estou 7 temporadas atrasada, DO NOT EVEN TRY. Mas porém contudo entretanto todavia, algumas vezes eu sou arrebatada por alguma série muito específica e isso, muitas vezes, se dá pelo assunto abordado. The Handmaid's tale foi uma dessas e o melhor de tudo é que o pacote foi perfeito por ter apenas um temporada com 10 episódios de aprox. 1h cada.
Meu primeiro contato com a série foi através do Podcast Mamilos, inclusive melhor indicação se você gosta de conteúdo atual e comentado por gente inteligente que chega doer. O tema em questão era "Precisamos falar sobre aborto, Uber, Lollapalooza", se não me engano, ouvi por alto o nome da série, me interessei pela sinopse e resolvi assistir assim que possível.
Do que a série trata? A série é uma adaptação do livro "O conto da Aia" (Margareth Atwood) e se passa nos EUA, num futuro distópico, onde a sociedade como vemos atualmente não existe mais, o poder se concentra nas mãos de homens sedentos por poder e status e as mulheres de um modo geral não possuem mais direitos como trabalhar, ler, dirigir, andarem livremente pelas ruas, etc. Como a taxa de fertilidade caiu brutalmente devido a diversos fatores, muitas mulheres (consideradas férteis) são selecionadas para se tornarem Handmaid's (servas) nas casas dos chamados comandantes: homens que são casados porém possuem esposas inférteis. Então, conforme a bíblia relata no antigo testamento, essas servas seriam usadas para gerar os filhos da família. Ou seja, todo mês, no que chamamos o "período fértil" da mulher, elas são submetidas à chamada "cerimônia", um ato sexual totalmente mecânico e isento de prazer, apenas para fim reprodutivo.
Em outras palavras: BIZARRO.
Eu costumo me apaixonar por produções apaixonantes. Aquelas que dão um quentinho no coração e fazem a gente acreditar no amor e tudo mais. Mas, ao contrário do que sempre esperamos, The Handmaid's tale me causou incômodo do começo ao fim. Quando comecei a entender a realidade daquelas mulheres, fiquei atônita. A produção trata de uma forma tão real e brutal que é impossível não ficar pensando depois e refletindo sobre como essa realidade, apesar de ser distópica, chega a ser tão próxima do que vivemos atualmente.
*ALERTA MINI SPOILER*
Existe uma cena em questão em que o comandante está conversando com a Offred, personagem principal da série, e ele comenta que esse "novo" sistema libertou as mulheres de todas as opressões (como indústria da beleza e padrões de corpos) para que elas pudessem cumprir seu papel no mundo: reproduzirem. Eu juro que nessa hora eu ri de desespero.
Por que o que a sociedade ainda pensa, mesmo que em uma "menor" proporção, atualmente?
Mulheres são criadas para serem mães e isso é um papel vital que irá completarvalidar a vida delas.
Cada episódio é como um soco no estômago e eu cheguei a entrar em desespero (chorar muito) em um dos últimos. Assistir se torna uma ótima oportunidade para rever nossos conceitos com relação à várias questões muito atuais na sociedade.
Além de todas as abordagens que a série faz, a fotografia foi pensada de maneira espetacular, com nuances entre passado e presente, realmente dá gosto de observar.
Tá beleza Ramina, mas onde eu assisto? THAT'S A GOOD QUESTION. A série foi produzida pela plataforma de streaming Hulu (tipo um Netflix americano) e, até onde eu sei, não está disponível na versão dublada. Logo, eu vou deixar sua imaginação funcionar.
Pra finalizar, por mais que eu tenha escrito a beça e resumido boa parte do contexto, vou deixar uns links de textos alternativos para vocês entenderem um pouco mais e aguçarem a curiosidade:
* PAPEL POP
* VALKIRIAS
Bora desgraçar a cabeça juntos?! Eu confio em vocês!
Meu primeiro contato com a série foi através do Podcast Mamilos, inclusive melhor indicação se você gosta de conteúdo atual e comentado por gente inteligente que chega doer. O tema em questão era "Precisamos falar sobre aborto, Uber, Lollapalooza", se não me engano, ouvi por alto o nome da série, me interessei pela sinopse e resolvi assistir assim que possível.
Do que a série trata? A série é uma adaptação do livro "O conto da Aia" (Margareth Atwood) e se passa nos EUA, num futuro distópico, onde a sociedade como vemos atualmente não existe mais, o poder se concentra nas mãos de homens sedentos por poder e status e as mulheres de um modo geral não possuem mais direitos como trabalhar, ler, dirigir, andarem livremente pelas ruas, etc. Como a taxa de fertilidade caiu brutalmente devido a diversos fatores, muitas mulheres (consideradas férteis) são selecionadas para se tornarem Handmaid's (servas) nas casas dos chamados comandantes: homens que são casados porém possuem esposas inférteis. Então, conforme a bíblia relata no antigo testamento, essas servas seriam usadas para gerar os filhos da família. Ou seja, todo mês, no que chamamos o "período fértil" da mulher, elas são submetidas à chamada "cerimônia", um ato sexual totalmente mecânico e isento de prazer, apenas para fim reprodutivo.
Em outras palavras: BIZARRO.
Eu costumo me apaixonar por produções apaixonantes. Aquelas que dão um quentinho no coração e fazem a gente acreditar no amor e tudo mais. Mas, ao contrário do que sempre esperamos, The Handmaid's tale me causou incômodo do começo ao fim. Quando comecei a entender a realidade daquelas mulheres, fiquei atônita. A produção trata de uma forma tão real e brutal que é impossível não ficar pensando depois e refletindo sobre como essa realidade, apesar de ser distópica, chega a ser tão próxima do que vivemos atualmente.
*ALERTA MINI SPOILER*
Existe uma cena em questão em que o comandante está conversando com a Offred, personagem principal da série, e ele comenta que esse "novo" sistema libertou as mulheres de todas as opressões (como indústria da beleza e padrões de corpos) para que elas pudessem cumprir seu papel no mundo: reproduzirem. Eu juro que nessa hora eu ri de desespero.
Por que o que a sociedade ainda pensa, mesmo que em uma "menor" proporção, atualmente?
Mulheres são criadas para serem mães e isso é um papel vital que irá completar
Cada episódio é como um soco no estômago e eu cheguei a entrar em desespero (chorar muito) em um dos últimos. Assistir se torna uma ótima oportunidade para rever nossos conceitos com relação à várias questões muito atuais na sociedade.
Além de todas as abordagens que a série faz, a fotografia foi pensada de maneira espetacular, com nuances entre passado e presente, realmente dá gosto de observar.
Tá beleza Ramina, mas onde eu assisto? THAT'S A GOOD QUESTION. A série foi produzida pela plataforma de streaming Hulu (tipo um Netflix americano) e, até onde eu sei, não está disponível na versão dublada. Logo, eu vou deixar sua imaginação funcionar.
Pra finalizar, por mais que eu tenha escrito a beça e resumido boa parte do contexto, vou deixar uns links de textos alternativos para vocês entenderem um pouco mais e aguçarem a curiosidade:
* PAPEL POP
* VALKIRIAS
Bora desgraçar a cabeça juntos?! Eu confio em vocês!
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